Secovi-SP e Creci-SP discutem imagem do mercado de intermediação imobiliária

O presidente do Conselho, José Augusto Viana Neto, também falou sobre exclusividade e os benefícios do Simples aos corretores 
28/04/2014

O atual momento por que passa o mercado de intermediação de imóveis, especialmente no tocante à crise de confiança por parte dos clientes das imobiliárias, foi tema da reunião da diretoria de Imóveis Usados da vice-presidência de Comercialização e Marketing do Secovi-SP, em conjunto com a Rede Secovi de Imóveis, ocorrida em 16/4. Com a presença do presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis - 2ª região), José Augusto Viana Neto, e de diversos diretores da entidade, o grupo discutiu de que forma aquilatar a imagem de corretores e imobiliárias perante a opinião pública.

Marcos Lopes, titular da vice-presidência, destacou que a aproximação entre o Creci-SP e o Secovi-SP é fundamental para manter a atividade imobiliária coesa e blindada contra a insegurança jurídica que o setor vem enfrentando. “E segurança jurídica é indispensável para trabalhar com tranquilidade”, disse, acrescentando que, na outra ponta, está a valorização profissional, fator imprescindível para garantir a qualidade na prestação de serviço.

Ao ressaltar a importância de disseminar boas práticas no mercado, Lopes afirmou que o consumidor “é o chefe” e precisa ser respeitado. “Algumas empresas chegaram a dobrar seus faturamentos depois de adotarem melhores práticas”, disse, emendando que, com trabalho conjunto pautado pela soma de esforços, o setor sai fortalecido.

Viana ressaltou todo o empenho do Conselho no sentido de valorizar a profissionalização dos corretores e a adequada atuação de imobiliárias. Nesse sentido, ele apoia as diversas obrigações impostas por lei à atividade de intermediação, como a proativa e completa prestação de informações aos clientes. “Muitos não gostaram disso. Eu acho bom, pois justifica nosso trabalho”, pontuou. Viana manifestou-se contra a imagem de vendedor que tentam imputar aos intermediadores. “Corretor não faz venda, faz intermediação”, emendou.

O presidente do Creci-SP acredita na exclusividade como forma de profissionalizar e disseminar qualificação no mercado. Disse, inclusive, que quase se chegou a um momento em que não seria mais possível trabalhar fora desse regime, graças a um anteprojeto de resolução do Cofeci – derrubado por uma ação de 14 imobiliárias. “Foi um prejuízo muito grande”, lamentou, sobre o revés.

Sobre a aprovação de projeto que inclui no Simples/Micro Empreededor Individual os profissionais liberais da intermediação, Viana avaliou que seria o ideal. “Não vai resolver todos os problemas, mas já é uma grande ajuda. Vai reduzir o enquadramento de muitos corretores de 27,5% a 7% e levar mais profissionais à formalidade.”

Viana comentou ainda sobre a frequente confusão que se faz entre os papéis das entidades. “Conhecido no Brasil e no mundo, o Secovi-SP defende legitimamente os interesses das categorias que representa e discute questões do dia a dia. Já o Creci é uma autarquia corporativa que tem como função disciplinar, conscientizar, fiscalizar o exercício profissional e aplicar os preceitos da lei”, esclareceu. “Aprendam a se utilizar mais do Conselho. Estamos de portas abertas para debater temas de ordem legal”, complementou.